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Integrando diversas cadeias produtivas verdes, como reflorestamentos, créditos de carbono, bioindústrias e produção de energia solar em redes descentralizadas, o Lab propõe um modelo econômico inovador que interliga produtores rurais, empresas de todos os portes, universidades, governos e organizações não governamentais, visando reverter mudanças climáticas, fortalecer comunidades e elevar renda.

Construir novos modelos de desenvolvimento para restaurar ecossistemas, recompor o equilíbrio climático, fortalecer diversidades e eliminar desigualdades, tudo ao mesmo tempo e rapidamente, são objetivos dos Labs de Economia Regenerativa do Projeto HidroSinergia (hidrosinergia.org), iniciativa do Centro Brasil no Clima – CBC, com apoio do Instituto Clima e Sociedade – iCS e rede de parceiros nacionais e internacionais.

Para cada cadeia produtiva, como geração solar distribuída, por exemplo, é criado um consórcio com parceiros especializados, financiadores e patrocinadores, e desenvolvido um modelo colaborativo de implantação, tendo como base cooperativas locais. O modelo possibilita intercâmbio permanente de conhecimentos, junção de forças e aceleração de processos, visando otimizar oportunidades e obter resultados rápidos, inclusivos e consistentes.

PRIMEIRA COOPERATIVA DE CARBONO SOCIAL DA CAATINGA

 A primeira Cooperativa de Crédito de Carbono Social, criada recentemente no âmbito do Lab de Economia Regenerativa do Rio São Francisco (nas divisas dos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe), é um exemplo dessas inovações. “É um passo muito importante para a valorização, reconhecimento e preservação do bioma caatinga”, enfatiza o presidente eleito da nova organização, Haroldo Almeida.

 Nos seus passos iniciais, com apoio do Projeto HidroSinergia e Plano Nordeste Potência (https://bit.ly/3dOYeBo) a cooperativa está realizando levantamento do estoque de carbono das áreas preservadas dos associados; modelando o cálculo de captura de carbono, agregando valor social e mecanismos de justiça climática, para reduzir desigualdades; mapeando áreas desmatadas para regeneração; construindo modelo colaborativo de gestão dos créditos de carbono; articulando compradores de créditos de carbono e de serviços ambientais, comprometidos com o desenvolvimento inclusivo e regenerativo do bioma; e estudando eixos de Economia Regenerativa, visando geração sustentável de renda e empregos verdes. Entre esses eixos: Rede Cooperativa de Produção de Energia Solar, sementeira para produção e plantio de espécies nativas, ecoturismo, escolas de sustentabilidade e sistemas integrados de reciclagem, com sistemas digitais.