Nosso diretor executivo, Guilherme Syrkis, foi um dos palestrantes do Evento Transição Energética 2023, promovido pelo ECOA PUC-RJ, evento híbrido, que conta com a participação de 12 mediadores e 70 palestrantes, representando grandes empresas, ministérios e órgãos reguladores. Sérgio Besserman, coordenador do Climate Reality Project Brasil e nosso consultor sênior, mediou a mesa de abertura do evento e foi o primeiro a se apresentar.
“A transição energética é uma grande oportunidade para o Brasil, mas acima de tudo se coloca como um desafio para a humanidade, incluindo aspectos que precisarão ser transformados. Precisaremos pensar, como tribos e como diversos que somos, em tempos muito mais longos. E, pela primeira vez na história, precisaremos pensar como uma tribo de todas as tribos. Não sabemos se conseguiremos. A ciência e os impactos do clima – principalmente sobre os mais vulneráveis – é que vão presidir o cenário estratégico por trás da transição energética do futuro e não os nossos parâmetros internos”, disse Sergio Besserman, coordenador do Climate Reality Project Brasil, que foi o mediador da primeira mesa do dia.
Nosso diretor executivo, Guilherme Syrkis, propôs à plateia uma sistematização dos principais problemas relacionados à política nacional e à transição energética. “Será que estamos vivendo uma transição energética ou uma regressão energética?”, perguntou logo no início da sua participação. Syrkis destacou pontos de atenção: o primeiro foi relacionado à exploração da Foz do Amazonas. “Aquela região é riquíssima em biodiversidade, são mais de 70 espécies de peixes, é a nossa Amazonia Azul, com enorme capacidade para captar carbono e que precisa ser melhor estudada”, ressaltou. Syrkis lembrou do tamanho do nível de dificuldade de operação na chamada margem equatorial e ressaltou que é fundamental levar em consideração a questão social. “É realmente vantajoso e necessário explorar petróleo na margem equatorial?”, perguntou Syrkis. O segundo ponto foi relacionado à Petrobras, empresa que tem papel fundamental no Brasil, mas que precisa ter seu papel discutido. “A empresa se desconectou da modernidade e do que outras empresas de petróleo fazem hoje. Precisamos ajudar a Petrobras a construir uma nova economia de descarbonização. O que faremos com as refinarias? E com as plataformas? Vamos entrar no hidrogênio verde? É preciso discutir! Não dá mais para a Petrobras seguir no caminho atual. Precisamos decidir se vamos tornar o Brasil um país pujante ou se teremos uma regressão energética”, finalizou.